SEEMG aprova reajustes salariais e mantém conquistas da Convenção Coletiva de Trabalho para enfermeiros (as) que trabalham nas empresas de medicina em grupo

Studium Eficaz Criado em: 18/10/2024 14:51:25

Seção: Notícias

O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Minas Gerais (SEEMG) realizou uma Assembleia Geral Extraordinária on-line, no dia 11 de outubro de 2024, com o objetivo de discutir sobre a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vigente. Durante o encontro, foram debatidas as propostas para o reajuste salarial e a manutenção dos direitos já conquistados pela categoria, reforçando o compromisso do SEEMG em garantir a preservação dos avanços alcançados.


Foi acordado um reajuste salarial de 9,33%, que será aplicado a partir de outubro de 2024, abrangendo também os benefícios de vale-alimentação, vale-refeição e vale-creche. Além disso, será pago um abono no valor de R$ 450,00, referente ao retroativo, em fevereiro de 2025, com o sindicato ainda negociando para aumentar esse valor.


No que se refere ao piso salarial, será implementado com um deflator de 17%, porém com uma cláusula na CCT garantindo a continuidade das negociações para que o valor seja pago integralmente em fases. O escalonamento do piso ficou definido da seguinte forma: R$ 3.872,40 a partir de 1º de outubro de 2024, e R$ 3.942,50 a partir de 1º de junho de 2025.


Além dos reajustes e do escalonamento, todas as cláusulas da última CCT firmada entre o Sindicato Nacional das Empresas de Medicina de Grupo (Sinamge) e o SEEMG foram ratificadas, incluindo o adicional noturno de 50%, duas folgas mensais para quem trabalha em regime 12x36 (com garantia de pelo menos uma folga no final de semana), licença-paternidade, e o direito dos empregados estudantes de sair duas horas mais cedo em dia de prova, desde que avisem a empresa com antecedência de 72 horas. Horas extras continuarão a ser pagas com acréscimo de 100%, reforçando a manutenção de direitos essenciais para a categoria.


Anderson Rodrigues, presidente do SEEMG, destacou a importância de garantir que os direitos conquistados sejam preservados, especialmente em um cenário em que algumas empresas em outros estados têm tentado retirar benefícios dos trabalhadores. "O sindicato optou por trazer a proposta para o trabalhador, para que ele pudesse apreciá-la, pois ele é quem deve decidir, não as entidades sindicais. Essa é uma decisão que pertence ao trabalhador, e nosso papel é garantir que seus direitos sejam respeitados," afirmou Rodrigues. Ele também ressaltou que a diferença salarial acordada ainda não é definitiva e que as negociações, possivelmente até por meio de ações judiciais, continuarão: "Apesar de termos fechado o acordo, as negociações vão continuar para garantir o pagamento integral do piso," explicou.