Em determinado momento dos ataques, uma empresária apoiador do governo Bolsonaro chegou ao cúmulo de falar baixinho para uma enfermeira que sente “o seu cheiro de quem não tomou banho direito, de quem não passa perfume”. Quem assistiu o filme vencedor do Oscar, Parasita, logo lembra da cena em que os patrões reclamam do cheiro do trabalhador, mostrando que a vida muitas vezes imita a arte dos modos mais cruéis. A fala da apoiadora do governo Bolsonaro, que é empresária e defende o presidente Bolsonaro, escancara uma das caras mais podres e nojentas da elite brasileira. Não bastassem criticar os trabalhadores da saúde, dizendo que eram “esquerdistas” e que seriam “varridos”, ainda descem ao nível animalesco de sussurrar ofensas sobre o cheiro da outra pessoa. Veja, no vídeo abaixo, ali pelos 18 minutos e 30 segundos, o momento em que a empresária fala as barbaridades.
A elite brasileira não se importa com os trabalhadores da saúde. Essa é a verdade. Tampouco com a população pobre que vem sendo a mais afetada pela COVID. Como escancara a ação escandalosa dos defensores do governo Bolsonaro hoje em Brasília, a elite brasileira, seus empresários e pequeno-empresários aliados, estão se importando apenas com seus lucros. Em tempos de crise, vem a olho nu a barbaridade desses setores da sociedade, cujas palavras estão manchadas de sangue. Em outro momento do vídeo, a mesma defensora do governo Bolsonaro diz que se não fossem pelos empresários, eles não receberiam os seus “salariozinhos”. A dupla verde-amarelo parece ter saído direto da casa grande no século XIX para a esplanada, vomitar barbaridades escravocratas para trabalhadores em protesto. Tudo isso no dia 1º de maio.
O SEEMG repudia qualquer comportamento discriminatório e antidemocrático, principalmente ataques aos profissionais que estão na linha de frente no combate a pandemia da Covid-19.
Fonte: ESQUERDA DIÁRIO