O Dia de Combate ao Estresse, celebrado em 23 de setembro, representa uma oportunidade para discutir o impacto do estresse no setor da enfermagem, uma das profissões mais sobrecarregadas física e emocionalmente. Enfermeiros/as enfrentam jornadas extenuantes, a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), pressão constante e o contato diário com o sofrimento e a morte. Essas condições, somadas à desvalorização profissional e à precarização do trabalho, agravam os níveis de estresse e comprometem a saúde mental desses profissionais.

O estresse crônico entre enfermeiros/as pode resultar em sérios transtornos mentais, como depressão, ansiedade e, em casos extremos, suicídio. Os dados em Minas Gerais são preocupantes: até agosto de 2024, houve um aumento de 15% nos casos de suicídio no estado em comparação ao ano anterior, conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Em âmbito nacional, o Brasil registra cerca de 14 mil suicídios por ano, o que equivale a 38 mortes por dia. Esses números evidenciam a necessidade urgente de políticas públicas eficazes voltadas à prevenção e à promoção da saúde mental, especialmente para os profissionais de saúde.

O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Minas Gerais (SEEMG) reafirma seu compromisso em atuar na defesa da saúde mental dos enfermeiros/as, promovendo ambientes de trabalho mais saudáveis e incentivando medidas de apoio psicológico. É fundamental que se invista em estratégias preventivas para reduzir o estresse e suas consequências, garantindo o bem-estar e a qualidade de vida desses profissionais tão valiosos.